
Durante o julgamento da Ação Penal 2668, que apura a tentativa de golpe de Estado, um momento emblemático marcou a sessão no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao ser interrompida pelo ministro Flávio Dino, que pediu a palavra, a ministra Cármen Lúcia não perdeu a oportunidade de reafirmar a luta feminina por voz e espaço na sociedade.
“Todos, Ministro. Todos desde que rápido porque também nós mulheres ficamos dois mil anos caladas e nós queremos ter o direito de falar”, declarou a ministra, em tom firme e repleto de simbolismo.
A fala viralizou imediatamente, porque não se tratou apenas de uma resposta em um debate jurídico, mas de um verdadeiro manifesto contra o silenciamento histórico imposto às mulheres.
Por séculos, as mulheres foram excluídas da política, da educação e das grandes decisões que moldaram o mundo. Hoje, ao ocupar uma das cadeiras mais importantes da Justiça brasileira, Cármen Lúcia traduz em palavras o sentimento coletivo de milhões de brasileiras que ainda enfrentam o preconceito e a tentativa de invisibilização em diferentes espaços.
Esse episódio no STF não é apenas um detalhe protocolar: é um ato de resistência. Em um ambiente majoritariamente masculino, a ministra lembrou que a luta feminina não terminou com o direito ao voto ou com o acesso ao mercado de trabalho. O direito de falar, ser ouvida e respeitada segue sendo um dos maiores desafios.
O gesto de Cármen Lúcia reforça que cada fala feminina ecoa séculos de silenciamento. E, mais do que nunca, mostra que não há retrocesso possível: as mulheres não voltarão ao silêncio.
✊✨ O Blog da Monica celebra essa fala histórica, que entra para os registros não apenas da Justiça, mas também da luta feminista brasileira.