
O ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi assassinado a tiros na noite desta segunda-feira (15), em Praia Grande, no litoral paulista, quando deixava a sede da prefeitura. Fontes tinha uma longa trajetória na Polícia Civil e ganhou notoriedade por sua atuação no combate ao crime organizado.
Ele foi um dos principais responsáveis pelo indiciamento de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC). Durante sua passagem pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), Ruy Fontes se destacou em operações que enfraqueceram o poder da facção criminosa.
A morte do ex-delegado causa grande repercussão, não apenas pela sua importância na história recente da segurança pública paulista, mas também pelo peso simbólico de sua trajetória, marcada pelo enfrentamento direto às maiores organizações criminosas do país.
As circunstâncias do crime ainda estão sendo investigadas pelas autoridades, que não descartam nenhuma linha de apuração.
O caso levanta novamente o debate sobre os riscos enfrentados por agentes de segurança mesmo após deixarem a ativa, sobretudo aqueles que atuaram no combate ao crime organizado de forma tão incisiva.