
O Maranhão vive um cenário preocupante no enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2025. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), mais de 80% das mortes registradas por SRAG no estado ocorreram entre pessoas que não estavam vacinadas contra as principais infecções respiratórias, como a gripe e a COVID-19.
Até o início de junho, o estado já contabiliza mais de 2 mil casos notificados da doença, que tem afetado principalmente idosos, pessoas com comorbidades e crianças pequenas. A baixa cobertura vacinal entre os grupos prioritários — atualmente em apenas 33,05% — tem sido apontada como um dos principais fatores para a alta taxa de agravamento e letalidade da síndrome.
A SRAG é caracterizada por sintomas como febre alta, tosse, dificuldade para respirar e baixa oxigenação. Ela pode ser provocada por diversos agentes infecciosos, principalmente os vírus da gripe (influenza) e do coronavírus (SARS-CoV-2).
A adesão à vacinação tem sido especialmente baixa em áreas mais afastadas e entre pessoas com maior resistência a campanhas de imunização. Mesmo com a ampla oferta de vacinas nas Unidades Básicas de Saúde e ações itinerantes em comunidades do interior, muitos maranhenses ainda não compareceram aos postos para se vacinar.
A Secretaria de Saúde reforça o apelo para que os grupos prioritários — idosos, gestantes, puérperas, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas com doenças crônicas e profissionais da saúde — se imunizem o quanto antes. “Estamos diante de um aumento significativo de casos e ainda temos a possibilidade de reverter esse quadro com o fortalecimento da vacinação”, declarou o secretário estadual de Saúde.
O governo estadual pretende intensificar as campanhas de conscientização e mobilização nas próximas semanas, com foco em combater a desinformação e facilitar o acesso às vacinas.
Enquanto a vacinação não atinge os níveis ideais, os especialistas alertam que a população deve manter outras medidas de prevenção, como o uso de máscaras em ambientes fechados, higienização das mãos e evitar aglomerações, especialmente durante o período mais propício a infecções respiratórias.
Com o aumento dos casos e a baixa adesão à imunização, o Maranhão se vê diante de um desafio urgente: proteger sua população mais vulnerável e evitar mais mortes que, segundo os especialistas, poderiam ser evitadas com uma simples atitude — a vacinação.