
Bombardeios israelenses voltam a atingir Gaza e colocam em risco o cessar-fogo firmado em outubro.
⚠️ Escalada de tensão reacende temores de fim da trégua firmada em outubro; Hamas nega ataque e acusa Israel de violar acordo
A região da Faixa de Gaza voltou a ser palco de tensão neste domingo (19), após novos bombardeios israelenses atingirem a cidade de Rafah, no sul do território palestino. Segundo testemunhas locais, aviões de combate de Israel realizaram dois ataques aéreos na área, que segue sob controle militar israelense.
Os bombardeios ocorreram depois que o governo israelense acusou o grupo Hamas de violar o cessar-fogo e atacar militares com tiros e um lança-granadas. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu teria ordenado uma “forte resposta” às supostas ações do grupo. O Hamas, no entanto, negou as acusações e afirmou que não houve nenhum ataque contra forças israelenses.
🌍 Cessar-fogo ameaçado
O episódio representa a primeira grande ruptura desde o início do cessar-fogo, firmado em 10 de outubro com intermediação dos Estados Unidos. O acordo havia permitido uma trégua após meses de confrontos intensos e a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.
Com os novos ataques, cresce o temor de que o conflito armado entre Israel e Hamas volte a escalar, reacendendo uma das crises humanitárias mais graves dos últimos anos na região.
De acordo com relatos à Agência France-Presse (AFP), os bombardeios foram precedidos por confrontos entre militantes palestinos e grupos armados locais. O Exército israelense não confirmou oficialmente os ataques, mas afirmou que o incidente “configura uma violação flagrante do cessar-fogo” por parte do Hamas.
⚔️ Acusações e contradições
Enquanto Israel afirma que o grupo palestino teria atacado suas forças, o Hamas acusa o governo israelense de estar “fabricando justificativas” para retomar as ofensivas. Em comunicado, o grupo reiterou que “não houve qualquer ação militar” que rompesse o acordo e denunciou “diversas violações” cometidas por Israel desde a entrada em vigor da trégua.
Segundo o Hamas, 37 palestinos foram mortos por forças israelenses desde o início do cessar-fogo — números que, segundo organizações humanitárias, revelam a fragilidade e o desequilíbrio da trégua em andamento.
🕊️ Reação internacional e risco de escalada
O clima de instabilidade preocupa a comunidade internacional. Diplomatas dos Estados Unidos e das Nações Unidas pedem moderação e o cumprimento do acordo assinado entre as partes. O temor é que um novo ciclo de violência agrave ainda mais a situação humanitária em Gaza, onde milhares de civis seguem deslocados e com acesso limitado a água, alimentos e assistência médica.
Analistas avaliam que a retomada dos ataques pode marcar o colapso definitivo da trégua, afetando diretamente os esforços de reconstrução e mediação de paz na região.