O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (20) uma ordem executiva para iniciar o desmonte do Departamento de Educação, cumprindo uma de suas promessas de campanha. A medida, no entanto, depende de aprovação do Senado, onde Trump enfrenta dificuldades para obter o apoio necessário.
A ordem determina que Linda McMahon, secretária de Educação e cofundadora da WWE, tome “todas as medidas necessárias” para facilitar o fechamento do departamento e transferir a autoridade educacional para os estados. Apesar disso, o Congresso precisará aprovar uma legislação específica para que o fechamento seja efetivado, exigindo 60 votos no Senado, um número que o presidente não possui atualmente, mesmo com a maioria republicana.
O Departamento de Educação desempenha um papel crucial na distribuição de bilhões de dólares para escolas e programas educacionais, além de administrar empréstimos estudantis federais. O fechamento do órgão implicaria na redistribuição dessas funções para outras agências, gerando preocupações sobre o impacto na educação pública.
Pesquisas recentes indicam que 65% dos americanos são contrários à medida, enquanto apenas 30% apoiam o fechamento. Além disso, procuradores-gerais de estados democratas já entraram com ações judiciais para barrar o desmonte e as demissões previstas.
A decisão de Trump gerou críticas de defensores da educação pública, que alertam para possíveis interrupções no financiamento de escolas e programas essenciais. Por outro lado, o presidente argumenta que a medida visa combater fraudes e abusos no setor, prometendo manter o financiamento estudantil e serviços para crianças com deficiência.
O futuro do Departamento de Educação agora depende das negociações no Senado e da reação popular à controversa decisão.