Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu o centro de Mianmar na sexta-feira (28), resultando na morte de mais de 1.000 pessoas e deixando milhares de feridos. O epicentro foi localizado a cerca de 20 km de Mandalay, a segunda maior cidade do país, com uma profundidade de 10 km, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
A destruição na região é significativa, com templos históricos e edifícios desmoronados. Estradas e pontes foram severamente danificadas, dificultando os esforços das equipes de resgate. O líder militar de Mianmar, general Min Aung Hlaing, declarou estado de emergência e pediu assistência internacional. Países como China, Rússia, Índia e Coreia do Sul enviaram equipes de resgate e suprimentos humanitários.
O impacto do tremor também foi sentido na Tailândia, onde pelo menos seis pessoas morreram e mais de 100 estão desaparecidas, após o colapso de um prédio em construção em Bangkok. Equipes de resgate tailandesas trabalham com escavadeiras, drones e cães farejadores para encontrar sobreviventes.
Especialistas alertam que o número de vítimas em Mianmar pode aumentar significativamente nos próximos dias. Estimativas do USGS indicam que os danos econômicos podem superar o PIB anual do país. A ONU e outras organizações humanitárias já mobilizam esforços para prestar assistência à população.
A tragédia ocorre em um momento de instabilidade política em Mianmar, que enfrenta um conflito interno desde o golpe militar de 2021. O cenário de guerra civil, que já deslocou milhões de pessoas, complica ainda mais as operações de resgate e recuperação.
Equipes de socorro seguem trabalhando em meio aos escombros, enquanto sobreviventes relatam cenas de pânico e destruição. O governo alerta para o risco de novos tremores secundários e pede à população que tome precauções.