
Professor é agredido após discussão com pai de aluna em escola do Distrito Federal. Caso levanta debate sobre acessibilidade e violência escolar.
O professor de matemática Emerson Teixeira, conhecido nas redes sociais como “Professor Opressor”, foi agredido pelo pai de uma estudante em uma escola pública do Distrito Federal, na última segunda-feira (20).
O episódio, que rapidamente se espalhou nas redes sociais, ocorreu após uma suposta discussão entre o docente e uma aluna com deficiência visual, que utilizava o celular em sala de aula para acompanhar as atividades.
⚠️ Entenda o caso
Segundo relatos de estudantes que presenciaram o ocorrido, a confusão começou quando o professor teria proferido ofensas à aluna, questionando o uso do celular durante a aula.
De acordo com colegas da jovem, o aparelho era utilizado como ferramenta de acessibilidade, conforme previsto na legislação que permite exceções ao uso de dispositivos móveis em escolas.
A situação teria se agravado quando o professor, visivelmente alterado, teria exigido que a aluna guardasse o celular, o que levou o pai da estudante a ir até a escola. Foi nesse momento que ocorreu a agressão física contra o professor, conforme registros compartilhados em grupos e redes sociais.
🧾 Professor já havia se envolvido em polêmicas
Conhecido por seu posicionamento político e pelo canal no YouTube, “Professor Opressor”, com mais de 220 mil seguidores, Emerson Teixeira já havia sido investigado pela Corregedoria de Ensino em anos anteriores.
A investigação ocorreu após o docente ter promovido, segundo registros, um churrasco em sala de aula para comemorar a vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018.
Apesar da visibilidade nas redes, o canal do professor atualmente não possui conteúdo disponível.
🧑🏫 Alunos relatam comportamento agressivo
Em depoimentos publicados na internet, alunos afirmam que o professor tem o hábito de xingar estudantes e de colocá-los em situações vexatórias durante as aulas.
Uma aluna, que se identifica como amiga da jovem envolvida no caso, contou que Teixeira costuma se exaltar com frequência, especialmente ao repreender alunos que usam o celular, mesmo quando o uso é autorizado por motivos pedagógicos ou de acessibilidade.
“Ele grita, humilha, chama atenção de forma agressiva. A colega estava apenas usando o celular para acompanhar a explicação, já que tem baixa visão”, relatou a estudante em uma publicação.
📱 Celular era usado como ferramenta de acessibilidade
A prova de vida escolar do aparelho foi confirmada por colegas e funcionários da instituição, que informaram que a direção tinha conhecimento da situação.
O celular da estudante era usado para ampliar textos e acompanhar atividades em tempo real, algo permitido pela legislação educacional que regulamenta o uso de celulares em casos de necessidade especial.
🚨 Caso segue em apuração
Até o momento, nem a Secretaria de Educação do Distrito Federal nem a escola envolvida divulgaram nota oficial sobre o caso.
O episódio reacende o debate sobre os limites da autoridade dos professores em sala de aula, os direitos de estudantes com deficiência e a violência no ambiente escolar.
A polícia foi acionada e investiga as circunstâncias da agressão. O professor Emerson Teixeira ainda não se pronunciou oficialmente após o ocorrido.