Na mesma semana em que Jojo Todinho, apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, viralizou nas redes sociais com críticas ao Sistema Único de Saúde (SUS), o próprio Bolsonaro foi atendido por serviços públicos de saúde no Rio Grande do Norte. O ex-presidente precisou de atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e foi encaminhado a um hospital publico em Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, que é mantido com recursos do SUS
O episódio aconteceu durante a visita de Bolsonaro ao estado potiguar para uma série de eventos políticos. Sentindo-se mal, ele foi socorrido por uma equipe do SAMU, que presta atendimento de emergência gratuito à população brasileira, e encaminhado para a unidade hospitalar conveniada ao SUS, onde recebeu os cuidados médicos necessários.
A coincidência temporal chamou atenção nas redes sociais, já que poucos dias antes, Jojo Todinho havia declarado publicamente em um vídeo que “A teoria ela( o SUS) é maravilhosa, perfeita, mas a hipocrisia é mais ainda. Se é tão perfeito assim, está fazendo o que com o plano de saúde?” gerando indignação e debates sobre o papel do sistema público de saúde no Brasil.
O SUS, criado pela Constituição de 1988, é considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, responsável por atendimentos de emergência, vacinação em massa, tratamentos de doenças crônicas, distribuição de medicamentos e diversas outras ações fundamentais para a saúde da população — independentemente de classe social ou posição política.
A situação de Bolsonaro reacendeu a discussão sobre a importância da manutenção e valorização do sistema público de saúde, especialmente em um país onde grande parte da população depende exclusivamente do SUS para ter acesso a serviços médicos.
Nem Bolsonaro nem sua equipe comentaram publicamente sobre a contradição entre o uso do serviço e as críticas feitas por parte de sua base de apoio. No entanto, o episódio tem sido amplamente compartilhado como exemplo da relevância do SUS, mesmo entre aqueles que por vezes o desmerecem.