
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), conhecida por sua atuação combativa na extrema-direita, fugiu do Brasil em meio a uma série de condenações judiciais e o avanço de processos que podem levá-la à prisão. Fontes próximas afirmam que Zambelli comunicou a aliados sua decisão de deixar o país de forma definitiva e não retornar.
A saída repentina ocorre em um momento crítico para a parlamentar. Em janeiro de 2025, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou seu mandato e a tornou inelegível por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições de 2022. A acusação foi apresentada pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), e a decisão foi unânime.
Mais grave ainda, Zambelli está sendo julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo. O caso remonta a outubro de 2022, quando ela perseguiu e ameaçou, armada, um homem nas ruas de São Paulo, um dia antes do segundo turno das eleições presidenciais. Três ministros do STF já votaram por sua condenação a cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto, além da perda do mandato.
Com a iminência da condenação definitiva, Zambelli optou por sair do Brasil. Ela teria embarcado em um voo internacional com destino não revelado e, segundo interlocutores, afirmou que não voltará ao país. A decisão é vista por juristas como uma tentativa deliberada de fugir da Justiça.